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quarta-feira, 21 de março de 2012

Metodologia do Trabalho Cientifico - Aula 1

UNIDADE 1: VISÃO GLOBAL SOBRE PESQUISA E METODOLOGIA

Préquestionamento:

Leia o texto e expresse sua opinião. Após dar sua opinião passe a analisá-la e entender conceitos básicos da metodologia.
1.      Você é favorável ou contra o aborto? Argumente sua resposta.

Abaixo, texto do site do prof. Olavo de Carvalho
A TODOS OS QUE COMPREENDEM O VALOR DA VIDA HUMANA:
A SITUAÇÃO É GRAVÍSSIMA: ESTAMOS NA IMINÊNCIA DA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO EM TODO O NOSSO CONTINENTE.
Esta mensagem é grande, mas, por favor, não se importe com isto. Estude com paciência a mensagem, comente-a e divulgue-a para toda a sua lista de contatos. Insista para que seus amigos façam também o mesmo.
A Cultura da Morte que pretende instalar-se em nosso continente, como base de UMA NOVA FORMA DE DITADURA, NÃO USA A FORÇA PARA IMPOR-SE, MAS A
IDEOLOGIA E O CONTROLE DA INFORMAÇÃO.
Para vencer esta batalha contra a vida não precisamos do seu sangue, nem de seu dinheiro. Precisamos apenas de seu conhecimento e de sua iniciativa para difundi-lo. Não há outra maneira de defender a democracia moderna.
Sua contribuição, em termos de conhecimento e de sua difusão, é absolutamente indispensável para impedir este genocídio.
Foi exatamente assim que foram vencidas, nos últimos anos, diversas outras batalhas pela vida. E, toda vez que isto ocorre, todos compreendem melhor o que está acontecendo e a democracia é fortalecida.
PROCURAREI NAS PRÓXIMAS SEMANAS MANTER A TODOS DESTA LISTA INFORMADOS A RESPEITO DO DESENVOLVIMENTO DOS ACONTECIMENTOS.
Agradeço a todos pelo imenso bem e pelo que estão ajudando a promover. O problema transcende as fronteiras de qualquer país, já que faz parte de um plano conjunto pesadamente financiado por organizações internacionais que investem na promoção do aborto em todo o mundo. Tenham a certeza de que a participação de cada um é insubstituível e, juntos, iremos fazer a diferença.
ALBERTO R. S. MONTEIRO

CONHECIMENTO CIENTÍFICO VERSUS SENSO COMUM
Senso comum (ou conhecimento espontâneo, ou conhecimento vulgar) é a primeira compreensão do mundo resultante da herança fecunda de um grupo social e das experiências atuais que continuam sendo efetuadas. Pelo senso comum, fazemos julgamentos, estabelecemos projetos de vida, adquirimos convicções e confiança para agir.
O senso comum varia de acordo com o conhecimento relativo alcançado pela maioria num determinado período histórico, embora possa existir uma minoria mais evoluída que alcançou um conhecimento superior ao aceito pela maioria. Estas minorias por destoarem deste "senso comum" são geralmente discriminadas.
Esta forma de conhecimento provém da experiência cotidiana, do senso comum. É transmitida de geração em geração, pode ser transformada em crença religiosa ou em doutrina inquestionável.
Características do Conhecimento popular:
·         Valorativo ou Sensitivo - baseado em ânimo e emoções, os valores do sujeito impregnam o objeto do conhecimento;
·        Qualitativo - grandes ou pequenos, doces ou azedos, pesados ou leves, novos ou velhos, belos ou feios...;
·        Reflexivo - não pode ser reduzido a uma formulação geral;
·        Assistemático – a organização de experiências não visa à sistematização das idéias  nem na forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las;
·        Verificável - limitado ao âmbito da vida diária;
·        Falível - se conforma com a aparência e com o que se ouve dizer;
·        Inexato - não permite formular hipóteses para além das percepções objetivas;
·        Superficial - conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar simplesmente estando junto das coisas ("porque o vi", "porque senti", "porque disseram", "porque todo mundo diz")
 Exemplos:
Senso Comum
Ciência
O Sol é menor do que a Terra é um pequeno círculo avermelhado que percorre o céu de leste para oeste
Astronomia: o Sol é muitas vezes maior do que a Terra
O Sol se move em torno da Terra, que permanece imóvel
Copérnico:  a Terra que se move em torno do sol
As cores existem em si mesmas - rosas são vermelhas, o céu é azul, as árvores são verdes
Óptica: cores são ondas luminosas de comprimentos diferentes, obtidas pela refração, reflexão ou decomposição da luz branca.
Gêneros e espécies de animais surgiram como os conhecemos

Biologia: gêneros e espécies de animais se formaram lentamente, no curso de milhões de anos, a partir de modificações de microorganismos extremamente simples
A família é uma realidade natural, pois os humanos sentem a necessidade de viver juntos - a família existe naturalmente e é a célula primeira da sociedade
Historiadores e antropólogos: família é uma instituição social recente (séc. XV), própria da Europa ocidental, não existindo na Antiguidade, nem nas sociedades africanas, asiáticas e americanas pré-colombianas
A raça é uma realidade natural ou biológica, os africanos são negros, asiáticos são amarelos de olhos puxados, índios são vermelhos e europeus, brancos.
Sociólogos e antropólogos: raça é recente (séc. XVIII) explicação para as diferenças físicas e culturais entre os europeus e os povos descobertos no séc. XIV, por Marco Pólo e no séc. XV, nas grandes navegações.

O saber do senso comum é:

Saber Imediato - nível mais elementar do conhecimento baseado em observações ingênuas da realidade. Está freqüentemente ligado à resolução de problemas práticos do quotidiano.
Saber Subjetivo - construído com base em experiências subjetivas. É o próprio sujeito que organiza as experiências e conhecimentos. Por vivência própria ou "por ouvir dizer"; o sujeito exprime sentimentos e opiniões individuais e de grupos, variando de uma pessoa para outra, ou de um grupo para outro, dependendo das condições em que vivemos.
Saber heterogêneo - resulta de sucessivas acumulações de dados provenientes da experiência, sem qualquer seletividade, coerência ou método. Trata-se de uma forma de saber ligado ao processo de socialização dos indivíduos, sendo muito evidente a influência das tradições e idéias feitas transmitidas de geração em geração.  Refere-se a fatos que julgamos diferentes, porque os percebemos como diversos entre si.
Saber Não Crítico - conhecimento que não permite generalização. 

Tipos de Conhecimento: Conhecimento Científico
A Ciência (do latim scientia, conhecimento) é o conjunto de informações sobre a realidade acumuladas pelas várias gerações de investigadores depois de devidamente validadas pelo método científico. A palavra ciência é de origem latina "Scientia" que provém de "Scire" que significa "aprender" ou "conhecer".
 A Ciência compõe-se de conhecimentos sobre um objeto de estudo, que é expresso por uma linguagem precisa. Suas conclusões são passíveis de verificação e isentas de emoção, possibilitando a reprodução da experiência, podendo o saber ser transmitido e verificado, utilizado e desenvolvido possibilitando através deste o desenvolvimento de novas descobertas.
O conhecimento científico resulta da investigação reflexiva, metódica  e sistemática da realidade. Transcendem os fatos em si mesmos, procura descobrir as  relações que estes possuem entre si, determinar as causas e os respectivos efeitos. O objetivo é construir uma teoria explicativa dos fenômenos, determinando se possível as leis gerais que regem a sua produção.
A atitude científica vê problemas e obstáculos, aparências que precisam ser explicadas e, em certos casos, afastadas. A ciência desconfia:
·        Da veracidade de nossas certezas,
·        De nossa adesão imediata às coisas,
·        Da ausência de crítica
·        Da falta de curiosidade.
Características do Conhecimento Científico:
·        Factual - lida com ocorrências ou fatos, toda a forma de existência que se manifesta;
·        Contingente – as proposições têm veracidade ou falsidade conhecida pela experiência e não só pela razão;
·        Sistemático - é logicamente ordenado, formando um sistema de idéias;
·        Verificável - as hipóteses precisam ser testadas. Todo o conhecimento científico é falível, isto é, só é válido enquanto não for refutado pela experiência. Nenhuma experiência nos garante que uma dada teoria é verdadeira, mas apenas se a mesma é ou não refutável. Se não o for, podemos admiti-la como verdadeiro num dado contexto histórico. Neste sentido, o conhecimento científico não se assume como absoluto, mas apenas como progressivo;
·        Falível - não definitivo absoluto ou final;
·        Aproximadamente exatas - novas proposições e técnicas podem reformular as teorias existentes
O conhecimento Científico procura estabelecer propriedades e os padrões interdependentes entre as propriedades, para construir as generalizações ou as leis. É orientado para remover barreiras e resolver ou apresentar soluções para os problemas sociais, econômicos, políticos e científicos.
O conhecimento científico resulta de um trabalho paciente e lento de investigação e de pesquisa racional, aberto a mudanças, não sendo nem um mistério incompreensível nem uma doutrina geral sobre o mundo.
Etapas do conhecimento científico.
Os fatos ou objetos científicos não são dados empíricos espontâneos de nossa experiência cotidiana, mas são construídos pelo trabalho da investigação científica. Esta é um conjunto de atividades intelectuais, experimentais e técnicas, realizadas com base em métodos que permitem e garantem:
·        Separar os elementos subjetivos e objetivos de um fenômeno;
·        Construir o fenômeno como um objeto do conhecimento, controlável, verificável, interpretável e capaz de ser retificado e corrigido;
·        Demonstrar e provar os resultados obtidos durante a investigação, a demonstração é feita para verificar a validade dos resultados e para prever racionalmente novos fatos como efeitos dos já estudados;
·        Relacionar um fato isolado com outros fatos, integrando-o numa explicação racional unificada (fato explicado por uma teoria);
·        Formular uma teoria geral sobre o conjunto dos fenômenos observados e dos fatos investigados, isto é, formular um conjunto sistemático de conceitos que expliquem e interpretem as causas e os efeitos, as relações de dependência, identidade e diferença entre todos os objetos que constituem o campo investigado.
A ciência distingue-se do senso comum porque este é uma opinião baseada em hábitos, preconceitos, tradições cristalizadas, enquanto a primeira baseia-se em pesquisas, investigações metódicas e sistemáticas e na exigência de que as teorias sejam internamente coerentes e digam a verdade sobre a realidade.
A ciência é conhecimento que resulta de um trabalho racional construído com base no estudo dos fenômenos através do método das inferências.
A construção das proposições e enunciados está de acordo com um sistema conceitual e teórico e os procedimentos e as operações lógicas da ciência permitem:
·        A observação racional e controlada dos fenômenos;
·        A interpretação e explicação adequada dos fenômenos;
·        A verificação dos fenômenos, positivados pela experimentação e observação;
·        A fundamentação dos princípios de generalização ou o estabelecimento dos princípios  e das leis.
A ciência apresenta-se, nesta dimensão, como um conjunto de proposições ou enunciados, que podem ser organizados de forma hierárquica, dos mais elementares para os mais gerais e vice-versa.

OS QUATRO TIPOS DE CONHECIMENTO: POPULAR, FILOSÓFICO, RELIGIOSO E CIENTÍFICO
Normalmente, os metodólogos [Gil, Trujillo Ferrari, Lakatos & Marconi] apresentam quatro classificações do conhecimento, a saber: popular, religioso, filosófico e científico.
Iudícibus (1997b, p. 68), apresenta um quadro sintético desses conhecimentos:
Conhecimento Popular
Conhecimento Religioso
Valorativo
Valorativo
Reflexivo
Inspiracional (dogmático)
Assistemático
Verificável
Sistemático
Não-verificável
Falível
Infalível
Inexato
Exato
Conhecimento Filosófico
Conhecimento Científico
Valorativo
Explorativo
Racional (lógico)
Racional-contingencial
Sistemático
Sistemático
Não-verificável
Verificável
Infalível
Falível
Exato
Aproximadamente exato

Conhecimento Popular

O conhecimento popular é assistemático e é conferido pela familiaridade que se tem com os objetos, geralmente é aquele conhecimento adquirido no meio familiar. “Esse conhecimento é resultado de suposições e de experiências pessoais. Portanto, e informação íntima, porém não sistematizada, desde que não foi suficientemente refletida para ser reduzida a uma formulação geral. De modo que tais experiências não podem ser transmitidas fácil e compreensivelmente de uma pessoa para outra. Assim, pelo conhecimento familiar, as pessoas sabem que água é um líquido; mas, não compreende como se origina e qual é a sua composição molecular, assunto que já corresponde ao domínio da ciência” (Trujillo Ferrari, 1982, p. 6).
No exemplo da água, dado por Trujillo Ferrari, é mencionado que não se pode compreender sua origem, acredita-se que nesse nível de conhecimento [popular] não há preocupação com a origem dos fatos de uma forma geral, visto que apresenta como características valorativas, assistemáticas, falível, inexato, entre outras.

Conhecimento Religioso

As crenças religiosas costumam constituir fontes privilegiadas de conhecimento, e por se tratar do conhecimento do Ser superior, sobrepõem-se a qualquer outra forma. Bahá’u’llah, o fundador da “Fé Bahá’í”, afirma que: “A origem de toda erudição é o conhecimento de Deus - exaltada seja a Sua glória - e este só será atingido através do conhecimento de Seu Manifestante Divino” (1983, p. 175).
De acordo com a visão “Bahá’í”, o verdadeiro conhecimento é alcançado quando se permite pesquisar sem preconceitos os livros sagrados que emanam dos manifestantes divinos, tais como Cristo, Moisés, Maomé, Buda Krishna, e outros.
Analisando o conhecimento religioso pela comunidade científica apontaremos a definição de Trujillo Ferrari.
O conhecimento religioso ou, mais propriamente dito, conhecimento teológico, implica na crença de que as verdades tratadas são infalíveis, por serem reveladas pelo sobrenatural. É um conhecimento sistemático do mundo como obra de um criador divino e cujas evidências não são verificadas. Neste caso, a adesão do crente é um ato de fé. Enquanto que na ciência a verdade a ser atingida é falível e se sustenta em teorias que podem ser substituídas por outras mais efetivas ou válidas, o conhecimento religioso se apóia na doutrina que contém proposições sagradas (1982, p. 6).
Khazraí, citando ‘Abdu’l-Bahá, afirma que “não há contradição entre a verdadeira religião e a ciência. Quando a religião se opõe à ciência, ela não passa de mera superstição: o que é contrario ao conhecimento é ignorância” (1987b, p. 28).
Quando houver acordo entre a ciência e a religião, a disputa entre o dogmatismo e o pragmatismo, empirismo e racionalismo o fim da disputa entre esses - ismos possivelmente terão cientistas menos materialistas e teólogos menos fanáticos.
Conhecimento Filosófico
“Em filosofia é permitido e usual colocar antecipadamente hipóteses que não podem ser submetidas ao crucial teste da observação. As hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência; portanto, este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação. Daí, a verificação dos enunciados filosóficos não serem confirmados nem refutados, o que não ocorre com as hipóteses dentro do campo de ciência“ (Trujillo Ferrari, 1982, p. 7).
A partir desse ponto de vista verifica-se que o conhecimento filosófico advém da observação - formulação de hipóteses - e a experimentação - verificação da hipótese.
Gil considera que “os filósofos proporcionam importantes elementos para a compreensão do mundo. Em virtude de se fundamentar em procedimentos racional-especulativos, os ensinamentos dos filósofos têm sido considerados como dos mais válidos para proporcionar o adequado conhecimento do mundo” (1995, p. 20).
Vimos, assim, que o conhecimento filosófico vai da observação à experimentação, sendo, portanto, valorativo, racional, sistemático, não-verificável, infalível, exato.
Iudícibus afirma que o conhecimento filosófico [...] “é aproximadamente exato (pelo menos nas ciências não-matemáticas), no sentido de que, por trabalhar com modelos, estes não têm a possibilidade de escolher todas as variáveis, principalmente nas ciências sociais” (1997, p. 68).

Conhecimento Científico

Esse tipo de conhecimento se distingue dos demais tipos apresentados, visto que oferece a verificação do fato pesquisado, é falível e sistemático.
A ciência se preocupa em estabelecer as propriedades e os padrões interdependentes entre as propriedades, para construir as generalizações ou as leis. Não se duvida, entretanto, que muitas das disciplinas científicas existentes têm surgido das preocupações práticas da vida cotidiana, como a geometria dos problemas de medição e levantamento topográfico nos campos; a mecânica de problemas apresentados pelas artes arquitetônicas; a biologia dos problemas humanos [...] (Trujillo Ferrari, 1982, p. 6).
A pesquisa científica deve ser orientada para remover barreiras e procurar resolver ou apresentar soluções para os problemas sociais, econômicos, políticos e científicos.
Conforme Lakatos & Marconi, “a logicidade da ciência manifesta-se através de procedimentos e operações intelectuais que”:
  • Possibilitam a observação racional e controlam os fatos;
  • Permitem a interpretação e a explicação adequada dos fenômenos;
  • Contribuem para a verificação dos fenômenos, positivados pela experimentação;
  • Fundamentam os princípios da generalização ou o estabelecimento dos princípios e das leis (1995, p.21).
Para pesquisar ou elaborar um conhecimento científico, tornam-se necessário os seguintes pontos:
  • Construir o objeto de pesquisa;
  • Elaborar as hipóteses ou questões de pesquisa;
  • Traçar os objetivos para testar as hipóteses ou responder as questões elaboradas;
  • Apresentar as conclusões alcançadas.
Conforme o exposto, o conhecimento científico é estruturado, limitado e utilizam-se modelos, verificáveis, falíveis, aproximadamente exatos, como foram caracterizados por Iudícibus.
Concluímos que as verdades científicas são provisórias.

METODOLOGIA: O QUE É?


“O que eu escuto, eu esqueço
O que eu vejo, eu lembro
O que eu faço, eu aprendo”.

Frase atribuída a Confúcio e que traduz a idéia do ciclo de aprendizagem vivencial.

Confúcio, sábio chinês que viveu entre 551 e 479 a.C.e que dedicou grande parte de sua vida à educação.

Dinâmica: Você é visual, auditivo ou cinestésico? (Ver anexo/Teste)

Metodologia

É o conjunto de instrumentos que auxiliam e fundamentam a busca do conhecimento científico. Às interrogações do homem sobre os fatos do mundo ao seu redor, cultural e natural, surgiu a necessidade de uma metodologia para realizar a investigação e conseguir as respostas. Metodologia é a maneira como o pesquisador utiliza os instrumentos de pesquisa para desvendar o conhecimento fatos ainda não investigados. A observação metódica incorpora novas teorias ao patrimônio das diversas ciências, revê e modifica conhecimentos anteriores de acordo com os resultados das novas investigações. Para Descartes, pensador e filósofo francês, chegar à resposta certa é só por intermédio da razão. De suas concepções surgiu o método dedutivo, cuja técnica denominada cartesiana se fundamenta em esclarecer as idéias por cadeias de raciocínio, uma forma possível para chegar a uma conclusão verdadeira; o assunto pesquisado em partes, começando por proposições simples e evidentes, leva à deduções lógicas. Para Descartes, verdade e evidência são a mesma coisa. Francis Bacon, filósofo inglês da Idade Média, a lógica cartesiana não conduz a uma descoberta porque é racionalista; pode apenas esclarecer o que já estava implícito. Em oposição, considera somente possível o conhecimento de um fato pela observação, princípio básico que fundamenta o método indutivo. Este método privilegia a observação como processo para o conhecimento científico: enumeradas as afirmações sobre um dado fenômeno, por indução pode ser encontrado o que está sempre presente na ocorrência do fenômeno. Apenas fazendo analogias e raciocinando por classificação, características da lógica cartesiana deveriam ser transformadas pela lógica indutiva que observa os fatos, enumera as evidências de forma a induzir a conclusão. Este é o método usado com mais frequência nas ciências da natureza.

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